Não bastassem as graves, mas não surpreendentes, revelações de um suposto esquema de desvio de verbas públicas para financiar campanhas do Partido Socialista Brasileiro (PSB), em especial as do ex-governador Eduardo Campos, a Diretoria do SINPOL tomou conhecimento, nesta quinta-feira (23), que Peritos Papiloscopistas – os Policiais Civis responsáveis por realizar perícias em locais de crime para, dentre outras atribuições, detectar e identificar a presença de indivíduos suspeitos no local por meio das impressões digitais – foram impedidos de realizar perícia no quarto do motel Tititi, onde foi encontrado o corpo do empresário Paulo César de Barros Morato.
Segundo informações repassadas ao SINPOL, a ordem para barrar a realização da perícia papiloscópica teria partido do Secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, e da Gestora da “Polícia Científica”, Sandra Santos. O empresário encontrado morto estava foragido, arrolado a Operação Turbulência, da Polícia Federal (PF), que justamente investiga desvios de mais 600 milhões de reais operados pelo PSB e empresários, segundo a PF. Diante dos fatos, uma pergunta ecoa firmemente: a quem interessa uma frágil investigação desse crime?
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