segunda-feira, 18 de abril de 2011

Peritos do IITB explicam como os Retratos-Falados são elaborados.

Durante o mês de abril, dois suspeitos de cometer crimes no Estado foram presos após a divulgação do seu retrato-falado: o estuprador que assustava mulheres na zona norte do Recife e também o homem suspeito de participar da morte de um radialista e apresentador de TV, em Vitória de Santo Antão. O instrumento que favoreceu a prisão dos acusados, o retrato falado, é feito por Peritos Papiloscopistas do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB).
Os peritos papiloscopistas são policiais treinados para conseguir reproduzir em uma imagem as características físicas de algum suspeito a partir de informações de testemunhas que o conhecem ou o viram pelo menos uma vez. Tarefa tão importante quanto a realizada pelos policiais que investigam e prendem acusados de cometer crimes.

Antes todo o trabalho era feito a base do lápis e da interpretação do perito. Hoje, a imagem é tão perfeita que mais parece uma fotografia. Desde 2007, a polícia pernambucana usa um novo programa de computador para montar o retrato-falado de bandidos.

O sistema foi desenvolvido pela polícia norte-americana e adaptado para o Brasil. Só no banco de dados do IITB são mais de mil rostos, olhos, bocas e narizes. O programa ainda permite que o perito inclua acessórios, como óculos e boinas, caso o suspeito use como disfarce para enganar os policiais. Foragidos da Justiça também podem ser identificados, já que é possível envelhecer o rosto em ate 15 anos, colocando rugas e marcas das de expressão.

De duas a quatro horas é o tempo necessário para se confeccionar um retrato falado. "O olhar é muito importante. Se não tiver características sobre os olhos, dificilmente se consegue produzir o retrato falado. Nariz e boca são secundários", explicou um perito que preferiu não se identificar.

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